Corro qual gazela
sequiosa para as águas frescas
e o meu desejo
é rasgado
nas alturas do Éden
delineando com
amoras doces o meu paladar...
e equilibrada num fio de prumo
como a filigrana
de cetim azul
caída num vaso partido
e formoso,
anelado com prata esculpida
assim me estendo
ao Infinito
como nascente
regando o Vale das Acácias
atirada de um beiral
vaporoso...
e a minha alcova
feita de líritos campestres
é visitada
pelas ondas do Amor...
gotejando
incenso e mel...
e o meu olhar adormecido
ao som de gaivotas
e do luar
estende-se na esteira de bambu
recortada pela luz empírica
construída por
pedaços brancos
de um NOME NOVO...
MH